quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Sabedoria Oriental - Buda









   Siddhartha Gautama, conhecido como Buda, foi um príncipe da região do atual Nepal que se tornou professor espiritual, fundando o Budismo. Na maioria das tradições budistas, ele é considerado como o "Supremo Buda" de nossa era, em que a palavra Buda significa "o desperto". A época de seu nascimento e de sua morte são incertos: a maioria dos primeiros historiadores do século XX datava seu tempo de vida como sendo de por volta de 563 a.C. a 483 a.C.; mais recentemente, contudo, num simpósio especializado nesta questão, a maioria dos estudiosos apresentou opiniões definitivas de datas dentro do intervalo de 20 anos antes ou depois de 400 a.C. para a morte do Buda, com outros apoiando datas mais tardias ou mais recentes.

     Durante a sua iluminação, Buda compreendeu as causas do sofrimento e os caminhos necessários para eliminá-lo. Estas descobertas tornaram-se conhecidas como as Quatro Nobres Verdades, que são o coração dos ensinamentos budistas. Com a realização dessas verdades, um estado de suprema liberação, ou nirvana, é acreditado ser possível ao alcance de qualquer ser. O Buda descreve o nirvana como um estado perfeito de paz mental livre de toda ignorância, inveja, orgulho, ódio e outros estados aflitivos. Nirvana é também conhecido como o fim do ciclo em que nenhuma identidade pessoal ou limites da mente permanecem.

Sobre as Quatro Nobre Verdades:

  • A primeira: diz que todas as experiências condicionadas são insatisfatórias. Tudo que tem um início, tem um fim e não é, num sentido definitivo, satisfatório. Uma boa experiência nunca dura para sempre, nunca estamos seguros de que uma experiência ruim não aconteça e isso gera sofrimento.
  • A segunda: a insatisfação surge por não reconhecermos as experiências que são condicionadas como verdade, pois criamos falsas expectativas e nos associamos a elas sempre de forma errônea, tentando conseguir o que não vão nos dar. Assim, as perseguimos incansavelmente, por não as vermos como realmente são. O ponto principal entre as duas verdades é entender que o problema que existe (nossa insatisfação) pode ser dissolvido. Então, há um conflito que precisa ser reconhecido como um problema não natural, e sim algo que possui uma causa (cobiça, ódio, desejos).
  • A Terceira: Eliminando a causa do problema anterior, temos a terceira Nobre Verdade. Ao pararmos de atribuir às experiências condicionadas o poder de nos dar felicidade, reconhecemos a verdadeira natureza das coisas e de nós mesmos como inerentemente satisfatórias, num sentido que está além do que se poderia chamar de “felicidade condicionada” e que, portanto, um dia termina. Essa Nobre Verdade nos revela o cessar das falsas expectativas e o repousar na perfeição do que já é, exatamente como se apresenta, sem artificialidade. 
  • A quarta: Então, ao verificarmos todas as anteriores, Buda nos dá um método para alcançarmos este estado ou, como podemos dizer, o conjunto de métodos ensinados é a quarta Nobre Verdade, que nos dá o entendimento e aplicação das três outras Verdades como um modo de atingir a liberdade última perante nosso hábito de procurar a felicidade no lugar errado.





    


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